Meio geografico
Devido às características da atualidade, onde os atores possuem uma complexidade diferente delimitar o campo da geografia política é uma tarefa difícil, porém necessária, para distingui-la das outras vertentes da geografia.
Uma sociedade, nos tempos atuais, pode existir em múltiplas escalas, da local a mundial o que força os territórios delimitados e estáveis da política, a conviverem com as múltiplas espacialidades inventadas pelos atores sociais.
A autora considera necessário “pensar um espaço político como um recurso metodológico para identificar as condições que o diferenciam de outros espaços, objetos de estudos da geografia”.
Para qualificar um espaço político ela parte de dois pontos: as escalas territoriais dos fenômenos políticos e a identificação do campo da disciplina.
As escalas
Diferente da geografia política clássica, surgida nos marcos da escala dos Estados nacionais, a disciplina na atualidade, precisou responder aos desafios dos fenômenos em escalas múltiplas.
Nas últimas décadas do século XX a escala dos fenômenos da globalização impôs-se as reflexões na maioria dos campos das ciências sociais
O paradigma mais aceito para examinar o impacto da globalização sobre localidades é a teoria de sistemas-mundo de Immanuel Wallerstein, com forte influencia na elaboração da chamada “nova geografia politica”
Essa teoria se propõe a situar o estado-nação e as politicas locais no contexto das determinações globais as quais distinguem o que ocorre no nível global dos acontecimentos na arena subnacional, propondo-se como alternativa as abordagens centradas no estado. A premissa dessa proposição é que o que está acontecendo na escala global tem efeitos mais diretos na configuração das formas locais de ação politica coletiva do que o que ocorre no próprio estado. As ações politicas locais são sempre determinadas pelos vetores da escala global, devendo-se concentrar nela as questões e as indagações para