Meio anbiente urbano
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Bacharel em Ciências Biológicas/ USP/Ribeirão Preto, SP. Mestranda em Ciências da Engenharia Ambiental, CRHEA/USP/São Carlos, SP. email: farcmst@yahoo.com.br. Orientador: Prof. Titular Marcelo Pereira de Souza. 2 Docente da EESC e do PPG Ciências da Engenharia Ambiental/CRHEA/USP. email: mps@eesc.usp.br
Introdução Dentre os recursos naturais mais afetados pelas ações antrópicas em ambientes urbanos, encontram-se as águas superficiais, sendo o escoamento superficial um agente impactante de origem difusa. Durante um evento chuvoso, o escoamento “lava” as ruas, avenidas, telhados, calçadas e estacionamentos, conduzindo os poluentes depositados nestas superfícies nos períodos secos às águas receptoras. Dentre estes contaminantes, encontram-se (Porto, 1995): resíduos sólidos, sedimentos e materiais flutuantes; substâncias com elevadas DBO e DQO; patógenos (viroses, bactérias e outras doenças relacionadas com a água); derivados de petróleo, metais pesados e substâncias orgânicas sintéticas (pesticidas, herbicidas). A magnitude e o tipo de impacto ocasionados pelo escoamento superficial são específicos para cada localidade, mas são sempre significativos quando comparados a outras formas de degradação ambiental, afetando a qualidade da água, os habitats e a biota aquáticos, a saúde pública, a aparência e os usos múltiplos da água. Segundo USEPA (1995b), existem três classes de impactos desencadeados nos ambientes receptores pelas águas de chuva: • Mudanças de curta duração na qualidade da água durante e após precipitações, com o aumento da concentração de alguns poluentes, como toxinas e bactérias. • Impactos de longa duração provocados pelo efeito cumulativo do lançamento de poluentes (principalmente metais pesados e compostos organoquímicos) devido a eventos chuvosos repetitivos. • Impactos físicos devidos à erosão e deposição