Meio Ambiente
CURSO DE DIREITO
DÁLETE PRISCILA SANTOS
GLEYCIVAN DA SILVA BARBOZA
NÚBIA CRISTINA SANTOS CARDOSO
RENATA CRISTINA MOURA
MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
ARAGUAÍNA
2014
Paul Polman: "A lógica do mercado tem de mudar".
O holandês Paul Polman, presidente mundial da gigante de bens de consumo anglo-holandesa Unilever, ganhou destaque entre os executivos mais badalados da atualidade por razões pouco convencionais. Assim que assumiu o cargo, em janeiro de 2009, alardeou que deixaria de divulgar o lucro da companhia a cada trimestre (na Europa, as empresas não são obrigadas a relatar esse número) - o faturamento, porém, continua sendo divulgado.
Previsões para os resultados a cada três meses também ficariam no passado. Dali para frente, só duas vezes por ano o mercado recebe essas informações. Desrespeito aos investidores? Polman acha que não. Afinal, diz ele, se os planos de investimento e de marketing da empresa não são definidos a cada 90 dias, usar essa periodicidade para divulgar resultados não faz sentido.
Polman demonstrou que não quer se esconder da cobrança pública ao estabelecer abertamente uma meta ousada para o longo prazo. Disse que vai dobrar as vendas da Unilever até 2020. Ao mesmo tempo, pretende reduzir pela metade o impacto ambiental da companhia.
A primeira reação do mercado foi de estranhamento - e as ações caíram 8% no dia em que ele anunciou as novas regras. A pecha de subversivo e excêntrico, porém, cedeu aos fatos. A companhia faturou quase 70 bilhões de dólares em 2012, 16% mais que em 2010 - o dobro da taxa de crescimento da principal concorrente, a Procter&Gamble. Desde então as ações valorizaram 25%.
O executivo de 57 anos, que trabalhou a vida inteira no setor privado, fala como um aguerrido ativista. Em todas as suas inúmeras aparições públicas, defende mudanças no capitalismo e na lógica do mercado de capitais. Diz que, ao gastar seu tempo dedicando-se a causas como o combate