Meio Ambiente
Originário da região do Mediterrâneo, o figo é o fruto da figueira (Ficus carica), uma árvore da família Moraceae. Na verdade, a figueira é mais semelhante a um arbusto do que a uma árvore, já que possui entre 3 e 10 m de altura. Devido ao fato de exigir pouco em relação à qualidade do terreno, ser de cultura perene e se adaptar bem a diferentes climas, ela se alastrou por várias partes do mundo, inclusive no Brasil, através dos colonizadores portugueses no século XVI. O figo é um sicônio ou fruto composto (infrutescência). Receptáculo carnoso, de casca fina e macia e formato periforme, comestível, de coloração branco-amarelada até roxa, encerra em seu interior os inúmeros frutos desta espécie, que são frequentemente confundidos com sementes. Possui formato semelhante ao da pêra, porém um pouco menor: mede entre 3 e 7 cm. Suas cores podem variar; podem ser pretos, roxos, vermelhos, verdes ou amarelos. Essas frutas possuem uma polpa comestível, suculenta, e devido ao fato de serem ricas em açúcar, são altamente energéticas.
De acordo com as características das flores, formas de polinização e de frutificação, existem quatro tipos de ficus carica: Caprifigo, Smirna, Comum e São Pedro Branco, sendo as variedades mais cultivadas em todo o mundo pertencentes ao tipo Comum.
No Brasil, ocorre o mesmo: a variedade Roxo de Valinhos (município do interior de São Paulo onde a produção de figos é bastante antiga e volumosa) é a mais cultivada comercialmente e pertence, também, ao tipo Comum. Também conhecida como Brown Turkey, San Piero ou Negro Largo, entre as principais características dessa variedade de figueira está a sua rusticidade que, acrescida do vigor e da boa produtividade que apresenta, a torna cultura bastante lucrativa. Atualmente, o Estado de São Paulo é o maior produtor de figos do país, sendo apenas o município de Valinhos responsável por 90% do total. Normalmente, entre 20 a 40% dessa produção destina-se à exportação, que, em