meio ambiente
(SANTOS, 1997). O progresso da ciência ainda está associado a uma forma racionalista de pensamento, num processo crescente de disciplinarização, baseado na produção de saberes hegemônicos. Essa fragmentação tem impetrado um aprendizado enfatizado na separação dos saberes, desvalorizando as relações entre o humano e suas diversas dimensões sociais e multiculturais, ou seja, na contramão da busca pela interdisciplinaridade (GOMES e DESLANDES, 1994; MINAYO, 1991).
Não passa de um grande equívoco a ideia de que se poderá construir uma sociedade de indivíduos personalizados, participantes e democráticos enquanto a escolaridade for concebida como um mero adestramento cognitivo. Para exercer a solidariedade é necessário compreendê-la, vivê-la em qualquer momento. Nesse sentido, há uma busca por um olhar integrativo no ensino, que procure fazer interlocuções entre saberes distintos, mas não dissociáveis. Edgar Morin (2003) afirma que “... o conhecimento progride não tanto por sofisticação, formalização e abstração, mas principalmente, pela capacidade de contextualizar e englobar”.
Nos atuais dias de incerteza e transições, carecemos de um novo sistema ético e de uma matriz axiológica clara, baseada no saber emancipativo, cuidar e conviver. Urge transformar a educação, transformando o contexto em que ela acontece. E urge, também, estabelecer interação humana entre a escola e os cidadãos, capaz de dar sentido ao cotidiano das pessoas e influenciar positivamente as suas trajetórias de vida.Simpósio Internacional sobre Interdisciplinaridade no Ensino, na Pesquisa e na Extensão – Região Sul
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Assim, o presente artigo apresenta o relato de experiência da Metodologia do Colégio SESI-PR como uma estratégia de Ensino Médio no contexto da interdisciplinaridade, no Colégio SESI da cidade de
Irati/PR.
2. Relato de experiência: a busca de aproximações da