Meio Ambiente
Sem medo das minas enterradas, espécies já extintas na Ásia vivem livremente na área. Algumas plantas típicas da península coreana atualmente só são encontradas na DMZ. Duas espécies de garças migratórias sobrevivem e se multiplicam no território, que oferece área segura de reprodução. O tigre coreano e o leopardo de Amur, quase extintos, ressurgiram no corredor preservado, assim como o urso-negro-asiático, já desaparecido no continente.
Os ecólogos estimam a existência de 2.900 espécies de plantas, 70 de mamíferos e 320 espécies de pássaros na DMZ. A variada geografia cortada pela faixa militarizada explica a alta biodiversidade: montanhas, florestas, pradarias, pântanos e restingas.
Não é por outra razão que ecólogos e escritores como o biólogo Edward Wilson, fundador da sociobiologia, e o poeta norte-americano Robert Hass propuseram a transformação da DMZ em um parque internacional, com apoio de ambos os lados. Em 2010, a Coreia do Sul deu um passo concreto e propôs à Unesco a criação de uma Reserva da Biosfera em 435 km2 do seu território, porém o governo norte-coreano vetou. Em 2012, uma reunião do Conselho da Biosfera da Unesco, em Paris, arquivou a proposta, mas os ecologistas estão longe de