Meio ambiente x economia
Thomas Malthus foi o primeiro economista a advertir sobre o fato de que os recursos naturais da humanidade são limitados, no final do século XVIII, quando escreveu seu “Ensaios Sobre a População” que traçava previsões de escassez de alimentos devido ao fato de que a população estava crescendo num ritmo maior do que a produção do planeta. O tempo provou que Malthus estava errado porque o processo de aperfeiçoamento permitiu crescimento cada vez mais gigantesco da produção mundial. O certo é que quando o tema Meio Ambiente fervilhou no mundo acadêmico a partir da década de 70 do século passado, a corrente dominante de economistas começou a considerar as principais idéias de ações ambientes como empecilhos ao crescimento econômico. Redução da emissão de gás carbônico significava diminuição da produção industrial, e a própria conservação das florestas e dos recursos hídricos duelavam diretamente com as cadeias produtivas de madeira e móveis, soja, algodão, etc. Em longo prazo a exploração intensiva dos recursos naturais saturaria o planeta, mas isto ia de encontro com o princípio básico capitalista da maximização de lucros, o que tornava a assimilação do tema no meio econômico complicada. Olhando os dois lados, sempre considerei que o tema meio ambiente só seria tratado como prioridade para a humanidade quando ele afetasse de alguma forma o lucro do capitalista. As preocupações e ações ambientais deveriam tornar-se lucrativas aos empreendedores, ou diminuírem seus lucros. Apenas agora, em pleno século XXI isto está começando a acontecer, de maneira tímida, mas parece ser pra valer. O tema Meio Ambiente já não é mais assunto de utópico, é uma realidade viável e aplicável quando percebemos em diversos pontos que a ação sustentável já é mais vantajosa do ponto de vista da lucratividade do que seu oposto. Os biocombustíveis já são rentáveis em curto prazo e demonstram tendência