meio ambiente x capitalismo
A sociedade passou, historicamente, por diversas transformações políticas, sociais e econômicas, a partir da formação das aglomerações humanas, se verificando sempre o predomínio de determinada classe social sobre as demais, juntamente com o uso dos recursos naturais que, em grande parte, se deu de forma inadequada.
Em muitas civilizações, partindo da ideia da superioridade racial, foi verificado que seres humanos foram escravizados e as mulheres relegadas ao segundo plano, só havendo direitos para os homens brancos, possuidores de bens, que tomavam decisões na busca da manutenção do “status quo”, incluindo o que se referia ao relacionamento com o meio ambiente.
Assim como os escravos e as mulheres, os recursos naturais foram considerados, ao longo do tempo, como propriedade privada da parcela mais rica da sociedade, sendo causados danos ambientais de grandes proporções com efeitos diretos sobre a saúde e qualidade de vida da própria raça humana.
A desarmonia na relação com o meio ambiente cresceu aceleradamente a partir do apogeu do capitalismo e o processo de evolução industrial, com a burguesia, como classe dominante, utilizando irracionalmente os recursos naturais na busca de ampliar seus bens e riquezas, tendo como mola mestre a exploração da classe trabalhadora.
O desenvolvimento capitalista se deu durante anos e anos sem que houvesse controle ambiental pela inexistência ou ineficácia de órgãos responsáveis por tal controle e falta de uma consciência socioambiental por parte dos segmentos da sociedade, levando a degradação dos recursos naturais e poluição do solo, ar e recursos hídricos.
Esta situação permaneceu inalterada até a eclosão dos debates sobre a temática ambiental em diversas esferas internacionais e nacionais, fazendo serem aprovadas legislações mais rigorosas de controle ambiental e os órgãos públicos ampliarem sua atuação, mesmo com o permanente risco de interferência política nas decisões