Mediunidade
Bismael B. Moraes
No Universo, tudo é energia em suas mais infinitas formas. Obviamente, a Terra é apenas como que um grão de areia nos inúmeros sistemas universais e, dentro dela, em graus evolutivos diversos e em aprendizado constante, os seres humanos ainda se debatem ante as Leis da Natureza. Muitos sequer descobriram a existência dos dois planos - o físico e o espiritual - dos quais todos participamos, independentemente da nossa vontade ou condição racial, política, social, econômica ou intelectual, pois o homem não cria nem revoga lei natural ou Lei de Deus.
A mediunidade, que envolve complexas e sutis formas energéticas, é uma faculdade que está latente em todos os indivíduos, podendo apresentar-se ou manifestar-se por vários modos, dependendo do estádio moral de cada médium (que é o intermediário entre o plano físico e plano espiritual, ou seja, serve de mediador entre encarnados - pessoas - e desencarnados - Espíritos , podendo também ser aquele que recebe influência, inspiração, conselho ou ensinamento de entidades espirituais, até, às vezes, sem o perceber). Allan Kardec sintetiza os médiuns em duas categorias: aqueles de efeitos físicos (a quem os Espíritos se manifestam por intermédio de movimentos, ruídos, sons, transporte de objetos, etc.) e aqueles de efeitos intelectuais (a quem os Espíritos se apresentam por meio de comunicações inteligentes - por idéias, escritos, desenhos, sinais, palavras etc.).
Como a vida física é efêmera (pois cada ser humano só vive pelo tempo necessário de prova que pediu ou de expiação que lhe foi determinada - de poucos minutos a muitos anos de existência terrena -, na lenta caminhada de aprendizado e progresso) e como a vida espiritual é eterna, e descobrindo-se, pelo estudo e pela pesquisa, que o espírito se comunica pelo pensamento, o raciocínio nos mostra, claramente, que somos espíritos encarnados, porque estamos sempre pensando: nosso corpo frágil, auxiliado pelos cinco sentidos -