Medidas de associação
4ª Aula Prática
Medidas de Associação.
O cálculo de medidas apropriadas da frequência de uma doença é a base para a comparação de populações, e, consequentemente, para a identificação de determinantes da doença. Para fazer isto de maneira mais eficaz e informativa, as duas frequências que vão ser comparadas podem ser combinadas num único parâmetro que estime a associação entre uma exposição e o risco de desenvolver a doença. Isto pode ser feito através de:
• Medidas de associação – quantificam a relação entre uma dada exposição e uma consequência. (Dizem-nos quão mais susceptível está um grupo de desenvolver a doença do que outro)
• Medidas de impacto – quantificam o impacto da mudança de exposição num dado grupo.
(Indicam-nos numa escala absoluta quão maior é a frequência de uma doença num grupo comparado com outro).
Nesta aula vamos apenas abordar as medidas de associação.
Para ajudar no cálculo de medidas de associação, os dados epidemiológicos são muitas vezes apresentados numa tabela 2 por 2, também chamada de tabela de contingência:
Doentes
Não doentes
Expostos
a
B
Não expostos
c
D
A - Risco Relativo:
(para os estudos de coorte)
•
estima a magnitude da associação entre exposição e doença;
• indica a probabilidade de desenvolver a doença no grupo exposto relativamente àqueles que não estão expostos;
• é definido como a razão entre a incidência da doença no grupo dos expostos (Ie) e a incidência da doença no grupo dos não expostos (Io).
RR =
Ie a /(a + b)
=
Io c /(c + d)
• um RR de 1,4 significa que os expostos têm 1,4 vezes mais risco de desenvolver a doença que os não expostos (que é o mesmo que dizer 40% mais probabilidade de desenvolver a doença). • O cálculo do risco relativo, visto que é uma razão entre 2 riscos ou incidências cumulativas, depende do período de tempo no qual os riscos foram calculados. Este valor pode mudar dependendo do tempo de observação; o risco