Medida em que a industrial cultural e a educação contemporânea
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A esfera educacional se tornou refém da Indústria Cultural, que cada dia ganha mais espaço dentro das mais variadas áreas sociais, chega e invade também a escola, sem que nos percebamos de seus perigos e influências. Sem dúvida o sistema educacional irá refletir as conseqüências excludentes desse processo para a formação cultural dos indivíduos. O termo indústria cultural (em alemão[->0]Kulturindustrie) foi criado pelos filósofos[->1] e sociólogos[->2] alemães Theodor Adorno[->3] (1903-1969) e Max Horkheimer[->4] (1895-1973), a fim de designar a situação da arte na sociedade capitalista industrial[->5]. Para os dois pensadores, a arte seria tratada simplesmente como objeto de mercadoria[->6], estando sujeita as leis de oferta e procura[->7] do mercado. A indústria cultural pode ser definida como o conjunto de meios de comunicação que formam um sistema poderoso para gerar lucros e por serem mais acessíveis às massas, exerce um tipo de manipulação e controle social, ou seja, ela não só edifica a mercantilização da cultura, como também é legitimada pela demanda desses produtos. A televisão por ser um meio de comunicação de fácil acesso a milhares de pessoas em todo o mundo, possui uma linguagem de sedução e convencimento, despertando o desejo de consumo, criando a necessidade que muitas vezes não se tem. Outro fator relevante dentro deste cenário é o material pedagógico-didático oferecido pelas editoras para alunos e professores tentando influenciá-los ao consumismo desenfreado de certas mercadorias. Essa realidade dá indícios de como o educador se coloca como expressão do modelo da indústria cultural, adestrando o ‘consumidor do ensino’ para que ele esteja sempre em concordância com o que lhe é apresentado. As formas dessa relação didático-pedagógica, não apenas incentiva a idéia de minoridade do indivíduo em processo formativo, como transforma a educação num produto para consumo em larga escala, erradicando do conhecimento a sua