medicina
Introdução
Durante a gestação, toda a bilirrubina do feto vai para o líquido amniótico, sendo excretada pela circulação materna.
A icterícia é um dos problemas mais comuns e complexos que podem acontecer no recém-nascido.
É preocupante pela toxicidade potencial da bilirrubina no sistema nervoso central.
Pode ocorrer desde uma evolução benigna até encefalopatia bilirrubinêmica (Kernicterus).
Alteração neurológica que acontece devido à impregnação cerebral de bilirrubina indireta. A criança pode apresentar convulsões e até evoluir com paralisia cerebral. Normalmente há paralisia flácida, ou seja, ausência do controle muscular.
A maioria das icterícias neonatais é benigna.
A icterícia é a expressão clínica da hiperbilirrubinemia.
Definida como concentração sérica de bilirrubina indireta (não conjugada) maior que 1,3-1,5mg/dl ou de bilirrubina direta (conjugada) maior que 1,5mg/dl, desde que esta represente mais de 10% do valor de bilirrubina total.
Icterícia clínica – inicia-se no segmento cefálico e progride no sentido crânio-caudal.
Dificilmente é notada antes que os níveis de bilirrubina atinjam 5-7mg/dl.
Metabolismo Fetal de Bilirrubina
Formas de excreção pelo feto:
Secreção traqueobrônquica
Excreção pela urina e mecônio fetal (a partir da 36ª semana, o feto acumula bilirrubina no mecônio).
Excreção pela mucosa gastrintestinal superior.
Difusão pelo coto umbilical e pele fetal
A capacidade do feto em conjugar a bilirrubina é limitada, sendo que a maior parte não é conjugada. Esta bilirrubina é rapidamente transferida pela placenta para a circulação materna e então excretada pelo fígado da mãe.
A bilirrubina é detectada no líquido amniótico normal após mais ou menos 12 semanas de gestação, mas desaparece após 36-37 semanas (período próximo do parto onde o fígado fetal começa a metabolizar a bilirrubina, preparo para vida extra-uterina).
Metabolismo da Bilirrubina
75% da bilirrubina vêm do