Medicina Urbana na França

Medicina Urbana A França, no final do século XVIII, foi palco de inúmeros acontecimentos, dentre eles a trajetória secundária da medicina do trabalho, a qual não apoiada pelo estado, como na Alemanha, foi desenvolvida a partir da urbanização. Por volta desse período, a França que ao mesmo tempo era formada por múltiplos territórios bastante diversificados, não tinha uma poder ainda unificado, dessa forma leigos, a própria corporação religiosa, o poder do Estado, representado pelo rei, policiais e parlamentares detinham o poder. Isso se alterou na segunda metade do século XVIII onde surgiu a necessidade de unificação do poder, como forma de organizar a cidade. Esse fenômeno se deu por várias razões, uma delas foi a econômica, para facilitar transações comerciais. Outra razão foi a política, uma vez que no século XIX grande parte da população pobre se converteu no proletariado e com isso as tensões políticas e conflitos entre as diferentes classes começaram a aumentar, originando várias revoltas. A chamada revolta de subsistência, exemplifica claramente isso, com o alto preço dos alimentos e baixos salários, os mais pobres sem condições de se alimentarem, começaram a saquear mercados e silos. Em síntese, isso só veio a colaborar e impulsionar mais tarde a revolução francesa.
Como se vê, há de fato uma inversão de valores, no século XVII a grande ameaça na Europa eram os camponeses pobres que por terem que pagar caros impostos iniciaram revoltas, atacando castelos e cidades. Já no século XVIII, deu-se fim as revoltas camponesas, porém os conflitos urbanos estavam apenas começando, com a formação do proletariado, o que levou ao surgimento de uma grande tensão no ambiente urbano.
A partir disso, se estabelecia o “medo urbano” originado pela falta de segurança, pela superlotação das cidades, pela grande quantidade de fábricas sendo construídas, pela condição que viviam muitas pessoas à beira do esgoto, pelas epidemias que começavam a surgir.
Em suma, existia