MEDICINA POPULAR E CAMPEIRA

Medicina Popular

Como folclore que é, como fenômeno cultural, a medicina popular apresenta uma vivência real e dinâmica, desempenhando uma função social, trazendo em seu bojo, caracteres populares, crenças, buscando dessa forma o equilíbrio do ser em sua plenitude com o meio em que habita. A medicina popular, folclórica, caseira ou rústica é o resultado de uma série de aculturações da medicina popular portuguesa, indígena e africana. Nela, elementos dessas três raças, bem como por influência de outras nacionalidades, foram se valendo de recursos que a natureza sempre lhes ia oferecendo, facilitando assim a prática dinâmica de uma medicina empírica. Tal importância recebeu este intercâmbio na condução e na prática da medicina folclórica, quer seja ela baseada nos princípios da natureza, quer seja direcionada ao poder do espírito, difícil determinar se certas práticas tiveram origem, entre elementos de raças branca, negra ou indígena. A medicina popular de acordo com o enfoque e a forma de aplicação, pode ser dividida em:
Medicina Mágica: Ligada a fenômenos sobrenaturais, envolvendo aspectos de crenças.
Medicina Religiosa: Segundo Alceu Araújo, em seu livro Folclore Nacional - Ritos, Sabença, Linguagem, Artes e Técnicas; a causa do mal esta sempre no sobrenatural, daí a importância de técnicas como as adivinhações, homenagens às divindades ofendidas e as terapêuticas em ritos, sendo oficiantes os Pais ou Mães de Santos.
Medicina Empírica: Deve se entender por Medicina Empírica como sendo a forma de medicina popular na qual o homem lança mão dos recursos materiais que a natureza lhe coloca a disposição. A riqueza da medicina popular brasileira é fato consumado. De um lado nosso índio, elemento aborígene, por