medicina do trabalho

S8 O processo de mudanças climáticas e ambientais reporta para sociedade e governo um desafio sobre causas e papel das alterações ambientais sobre a saúde. Os principais grupos de doenças que podem ser afetados por essas mudanças são as doenças de veiculação hídrica, as transmitidas por vetores e as respiratórias. Mudanças climáticas refletem o impacto de processos socioeconômicos e culturais, como o crescimento populacional, a urbanização, a industrialização e o aumento do consumo de recursos naturais e da demanda sobre os ciclos biogeoquímicos. Humanos,sob influência das mudanças climáticas apresentarão os efeitos, de origem multicausal, de forma exacerbada. Eventos extremos introduzem considerável flutuação que podem afetar a dinâmica das doenças de veiculação hídrica, como a leptospirose, as hepatites virais, diarreias... Essas doenças podem se agravar com enchentes/secas que afetam a qualidade e o acesso à água. Doenças respiratórias são influenciadas por queimadas e os efeitos de inversões térmicas que concentram a poluição, impactando diretamente a qualidade do ar, em áreas urbanas. Além disso, desnutrição pode ser ocasionada por perdas na agricultura, principalmente a de subsistência, devido às geadas, vendavais, secas e cheias abruptas. Idade, perfil de saúde, resistência fisiológica e condições sociais contribuem diretamente para as respostas humanas relacionadas às variáveis climáticas. Poluentes na atmosfera, podem ser transportados a longas distâncias em condições favoráveis, associados às condições climáticas podem afetar a saúde de populações distantes das fontes geradoras de poluição. No caso das doenças infecciosas, os mecanismos de produção de agravos e óbitos são ainda mais indiretos e mediados por inúmeros fatores ambientais e sociais. Doenças transmitidas por vetores são limitadas por variáveis ambientais. A dengue é considerada a principal doença reemergente nos países tropicais e subtropicais. A malária continua sendo um dos maiores