Medicina da Aviação
Emanuelle Bernardes
Trabalho de Medicina da Aviação
Acidente Aéreo Fatores Humanos
ORIENTADOR: Gontijo
Belo Horizonte
2014
1. JUSTIFICATIVA
Dentro do segmento da Aviação Geral, nota-se que os problemas com a fadiga estão mais presentes em empresas de Táxi Aéreo, operadores da aviação agrícola e voos de aeroclubes e escolas de aviação do que em pilotos e operadores particulares. O motivo básico para este cenário refere-se à maior exposição ao risco que a jornada de trabalho e as escalas de voos que essas empresas propiciam.
Visando prevenir estes problemas foi sancionada em 1984 a Lei 7.183, a qual estabeleceu limites na jornada de trabalho e períodos mínimos de repouso e folga dos tripulantes. Contudo, essa Lei somente abrange e regula a profissão do Aeronauta, de forma que os operadores privados não possuem, hoje, nenhuma norma ou lei que imponha limite no número de pousos ou horas voado em um único dia.
Outro fator que não pode deixar de ser considerado para o aumento da fadiga e perda de sono é a idade. Pilotos com menos de vinte e cinco anos tiveram menos transtornos no sono depois de um voo transoceânico que os pilotos com uma idade superior. O problema da fadiga das tripulações e a ruptura dos padrões de sono são agravados conforme o aumento no número de voos de grandes percursos programados pelas empresas aéreas. O jet lag e a acumulação de sono são cada vez maiores. Essa situação é ainda agravada pelo fato de os novos modelos de aviões terem pouca luz nas cabines, cada vez mais automatizadas.
Entre as soluções oferecidas, encontra-se a utilização de duas tripulações em um mesmo voo.
Os fabricantes de aviões, como a Airbus e a Boeing, já estão se antecipando a esta necessidade, com os modelos B747-400 e A340, nos quais existem espaços para