Medicina Antroposófica
O objetivo desse trabalho é mostrar que a medicina antropósofica é um sistema complementar e integrativo de tratamento que reconhece no ser humano dimensões espirituais e existenciais que interagem com os níveis somáticos e psicológicos na saúde e na doença, oferecendo uma proposta de abordagem para todos os problemas de saúde, ainda que seja tomada apenas como terapia complementar, aliada a outros métodos terapêuticos. Tendo por base uma concepção humanista, a Medicina Antroposófica concebe o ser humano como portador de corpo, alma (psique) e individualidade, ou seja, como um ser noo-psico-somático, instâncias dinâmicas, que definem o processo de saúde e doença de um individuo dentro do contexto social e histórico, e propõe uma terapêutica abrangente e coerente com esta visão de ser humano.
Medicina Antroposófica
Os fundamentos da Medicina Antroposófica surgiram na Europa, no início do século XX, a partir do trabalho conjunto de um grupo de médicos liderados pela Dra. Ita Wegman e Rudolf Steiner (um dos maiores pensadores contemporâneos). Steiner deixou um legado de mais de 60 livros e 400 monografias, nos quais delineou as bases da Antroposofia (anthropos = homem, sofia = sabedoria), caracterizada também como Ciência Espiritual. Dedicou sua vida à tarefa de compreender e traduzir o conhecimento dos fenômenos que não são percebidos diretamente pelos sentidos comuns (tato, olfato, paladar, audição e visão) e descreveu detalhadamente esses elementos que permeiam tudo à nossa volta.
Steiner era um humanista e entendia que "O homem deve ser visto como portador de corpo, alma (psique) e individualidade, isto é, como um ser psicossomático, cujas instâncias dinâmicas definem processos de saúde e doença, num contexto histórico e social".
No Brasil, a Medicina Antroposófica foi reconhecida como prática médica em 1993, pelo Conselho Federal de Medicina, através do processo nº 21/93.
Associação Brasileira de