Medicina aeroespacial
Como principais atributos críticos da fadiga aparecem: cansaço, exaustão, desgaste, alteração da capacidade funcional e falta de recursos/energia (MOTA;
CRUZ; PIMENTA, 2005).
As manifestações de fadiga têm sido associadas a um declínio de força muscular produzido durante e após o exercício máximo e submáximo, com incapacidade de manter a intensidade da atividade ao longo do tempo, bem como ao decréscimo da velocidade de contração muscular e um tempo maior para que a musculatura relaxe, tanto por influência de fatores energéticos, quanto de fatores de transmissão neural (ASCENSÃO et al., 2003).
As principais consequências são: letargia, sonolência, diminuição da motivação, atenção e concentração, mal-estar, todos eles problemáticos para o aviador e a segurança de voo (MOTA; CRUZ; PIMENTA, 2005).
Parece inevitável que os aviadores sejam submetidos a variadas e adversas condições de trabalho que, normalmente provocam desgaste na saúde, comprometendo sua qualidade de vida, bem como as condições de segurança do voo. Pilotos são submetidos a provas fisiológicas de exaustão, que envolvem situações de hipóxia, de alternadas acelerações +G e –G, entre outras, que servem para diagnosticar a capacidade física de reserva, objetivando delimitar os níveis de respostas destes em situação de emergência. Para alguns pilotos, um estado de excitação e, até certa exaustão, parecem ser positivos, segundo Cereser (1985), mas para a maioria deles a fadiga faz cair o nível de prontidão psicomotora, expondo o aviador à maior possibilidade de acidentes.
Para Cereser (1985) a questão da exaustão deve ser analisada 48 Artigo Científico
ISSN 2176-7777 cuidadosamente para não ser considerada apenas como um fenômeno predominantemente subjetivo separada da dependência com a situação funcional do sistema neuro-vegetativo e da motivação.
O fenômeno da fadiga passa a