medicamentos perigosos
01/12/2006 - Texto por Simone Vieten
São necessários vários cuidados na gravidez, e isso não é diferente com os medicamentos e a determinados procedimentos médicos. Especialmente com relação à radiografia, anestesia local e ao uso de certos fármacos.
Segundo a ginecologista e obstetra Nilvane Trindade Secron, a alteração genética é provavelmente a causa mais comum de teratogênese (má-formação ou problemas de crescimento e desenvolvimento do feto). Em segundo lugar, está a ingestão de medicamentos "nocivos". Isso se deve ao fato de que a maioria dos medicamentos e determinadas substâncias químicas atravessam a placenta, atingindo a circulação fetal. "O primeiro trimestre, durante o período embriogênico, compreendido entre a segunda e a décima semana, é extremamente delicado. É o de maior risco de ação danosa para o feto e o cuidado deve ser redobrado na administração de medicamentos na gravidez", alerta a médica.
É nessa fase que ocorrem as principais transformações embriológicas, chamadas de organogênese, ou seja, a formação dos órgãos, isto é, a cabeça, o abdômen, os braços e as pernas, além do sistema neurológico, incluindo o cérebro e a medula espinhal, os sistemas circulatório e gastrintestinal básico (boca e dentes) e um sistema respiratório rudimentar.
"Caso a mulher esteja usando alguma medicação e tenha suspeita de gravidez, ela deve comunicar imediatamente o seu médico para ver a possibilidade de suspender o remédio. Existem drogas nocivas, capazes de provocar um aborto espontâneo. Outras, que não causam a morte do feto, podem provocar má formação no desenvolvimento de determinado órgão ou estrutura", afirma a médica. Conforme Nilvane, havendo a necessidade, toda gestante pode ser medicada durante o período gestacional, sempre avaliando a relação risco/ benefício quanto ao emprego dos medicamentos.
Medicamentos e procedimentos médicos
Devido à dificuldade de estabelecer a