Mediações
”externamente”. A “prática” é tida como uma relação singular entre o assistente social e o usuário de seus serviços, seu “cliente”, desvinculada da questão social e das políticas sociais. Esta visão a-histórica e focalista tende a subestimar o rigor teórico-metodológico para a análise da sociedade e da profissão, - desqualificado como “teoricismo” - em favor das visões empiristas, pragmáticas e descritivas da sociedade e do exercício profissional, enraizadas em um positivismo camuflado sob um discurso progressista de esquerda. Nesta perspectiva, a formação profissional deve privilegiar a construção de estratégias, técnicas e formação de habilidades – centrando-se no “como fazer’ – a partir da justificativa que o Serviço Social é uma “profissão voltada à intervenção no social”.
Este caminho está fadado a criar um profissional que aparentemente sabe fazer, mas não consegue explicar as razões, o conteúdo, a direção social e os efeitos de seu trabalho na sociedade. Corre o perigo de ser reduzido a um mero “técnico”, delegando a outros - cientistas sociais, filósofos, historiadores, economistas, etc - A análise do Serviço Social no âmbito das relações sociais capitalistas visa superar os influxos liberais, que grassam as análises sobre a chamada “prática profissional” como prática do indivíduo isolado, desvinculada da trama social que cria sua necessidade e condiciona seus efeitos na sociedade. Os processos históricos são reduzidos a um “contexto” distinto da prática profissional, que a condiciona
”externamente”. A “prática” é