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1998, p.206) é realizado por meio de ocasiões políticas e/ou culturais e, especialmente, pela imprensa. O acúmulo de capital simbólico dos “antigos alunos célebres” confere prestígio aos estabelecimentos de ensino onde eles estudaram, plasmando “a força da tradição” (BOURDIEU, 1989, p.110-112). A partir do estudo sociológico das grandes écoles francesas, Bourdieu coloca em evidência o conceito de capital simbólico, uma forma sutil de exercício do poder. O próprio Bourdieu (2001, p.295-6) dirá que se trata, rigorosamente, de “efeitos simbólicos do capital”, pois todo o tipo de capital (econômico, cultural, social) funciona como capital simbólico. Ele mostra, de forma contundente, os efeitos simbólicos no mundo social do capital escolar acumulado nas grandes écoles.
Por outro lado, nas grandes écoles há sempre uma articulação com os alunos egressos, viabilizada por meio das associações de ex-alunos e suas respectivas publicações, que constroem um esprit de corps elitista. Nessas associações realiza-se manutenção e atualização de capital social (BOURDIEU, 1998a, p.65-69) acumulado durante a convivência intensiva entre pares durante os anos de formação escolar em nível superior.
Trata-se de um trabalho sistemático de interconhecimento e inter-reconhecimento de um grupo social privilegiado que tem em comum “afinidade de habitus”. Enfim, a passagem pelas grandes écoles plasma um estilo de vida distintivo, que envolve a hexis corporal, e tece uma rede de relações muito especiais, que geralmente são permanentes e úteis na vida profissional e