Mecânica
Eng. SHUN YOSHIDA Engenharia de Ferramentas BRASIMET COM.IND.S.A.
Agosto/2002
Introdução O processo de Eletro Erosão, seja a Fio seja de Penetração, é largamente utilizado na indústria fabricante de ferramentas, principalmente por permitir usinagem após o processo de tempera, o que, em outros processos convencionais de usinagem, não é comumente possível. Apesar das inegáveis vantagens deste processo, pelas suas
características, ele introduz defeitos na superfície de ferramentas, que, se não forem reduzidas ou mesmo eliminadas, contribuirão para a sua falha prematura. A compreensão dos fenômenos que regem o processo de Eletro Erosão é passo importante na prevenção destes problemas, e na procura pelas suas soluções.
CORRELAÇÃO DO PROCESSO DE ELETRO EROSÃO COM A TEMPERA DE FERRAMENTAS E PROCESSOS DE REVESTIMENTOS PVD De um modo geral, ambos os processos são conduzidos após a Tempera da ferramenta, portanto já encontram o aço ferramenta no estado endurecido. Nos casos em que é aplicado o processo PVD, em geral com o objetivo de aumentar a resistência a desgaste, os processos são anteriores, e influenciam no rendimento das camadas aplicadas. A figura a seguir ilustra uma seqüência usual de fabricação de ferramenta de estamparia.
Compra do aço ferramenta
Usinagem de desbaste
Alívio de tensões
Usinagem pré tempera
TRY OUT
POLIMENTO E ALÍVIO DE TENSÕES
ELETRO EROSÃO
Tempera a Vácuo
REVESTIMENTO PVD
USO
Fig. 1 – Seqüência usual na fabricação de uma ferramenta
ELETRO EROSÃO Definição O processo de Eletro Erosão é um método de usinagem (aqui entendido como remoção de material metálico de superfícies ) que envolve descargas elétricas entre um anôdo ( feito de cobre ou grafite) e um catodo (correspondendo à peça usinada), imersos num dielétrico. Fig. 2: esquemático do mecanismo de eletro erosão. Sob tensão, ocorre descarga elétrica