Mecanismos de Identificação
Identificação para a Psicanálise é o processo psicológico pelo qual o sujeito assimila um aspecto, uma propriedade, um atributo do outro e se transforma , total ou parcialmente, segundo o modelo desse outro. Em Freud encontramos duas acepções quanto a ação de identificar (reconhecer como idêntico), e o ato de se tornar idêntico(secundum quid). Foi com Freud que a identificação assumiu o valor central que faz dela, mais que um mecanismo psicológico entre tantos outros, mas a operação pela qual o sujeito humano se constitui.
A identificação Narcísica ( melancolia) – o eu se identifica com a imagem de um objeto já é desinvestido de toda a libido. Na melancolia, o investimento do objeto perdido é substituído por uma identificação com a imagem do objeto perdido. [a libido] Serve para instaurar uma identificação do eu com o objeto abandonado. A sombra do objeto recai assim sobre o eu, que pode assim ser julgado. Identificação Fantasística ( identificação com o pai morto.) – O sintoma precoce dos “ataques de morte” pode então ser compreendido com uma identificação com o pai ( morto) no nível do eu, identificação esta que é autorizada pelo superego como punição. Já na identificação e interiorização a distinção é mais complexa, porque entra , como o sujeito se assimila. Para facilitar, a identificação é marcada por seus protótipos primitivos; a incorporação incide em coisas. Sendo assim, o ideal do ego, é constituído por identificações com ideais culturais nem sempre harmonizados entre si. A relação do sujeito com o significante, quando aprofundada por Lacan, o conduz a se perguntar sobre a forma como o sujeito é afetado pelo Simbólico. Lacan propõe que o nome é o ponto de ancoragem onde o sujeito se constitui, e é a partir do qual que se pode falar em identificação. Essa identificação remete à perda do objeto Na medida em que esta perda se efetiva, o sujeito se identifica com um traço do