mecanismo de defesa
1 - Helena aos trinta anos ficou viúva, com três filhos para criar. Ricardo era seu filho mais velho e a mãe tinha com ele uma relação muito próxima. Todos percebiam que ela era apaixonada por aquele filho. Ricardo, nas férias de verão vai á praia com sua esposa, lá ocorre um incidente e ele morre afogado. Após o incidente, ao conversar com as pessoas fala do filho como se este ainda estivesse vivo. Em uma conversa com uma amiga ela diz que precisa se arrumar, pois Ricardo vai chegar e não pode vê-la desarrumada. Passado algum tempo Helena parece estar superando o luto mas todos percebem que ela passa a agir como se fosse Ricardo, incorporando seu comportamento e fazendo tudo como ele faria.
Helena, após o falecimento de seu filho, encontra-se em intenso sofrimento psíquico. Num primeiro momento seu ego lança mão da negação, agindo como se o filho estivesse vivo e esperando sempre a chegada dele. Em um segundo momento a negação parece não ter sido eficiente, então lança mão da introjeção, incorporando o comportamento do falecido filho.
2 - Júlia está a cinco anos em um relacionamento estável, morando com Lucas. Ele a chama para conversar sobre o relacionamento dos dois e diz que é melhor que se separem, pois o relacionamento, segundo ele, está muito desgastado, assim pondo fim à relação. Ela fica desesperada pois ainda o ama e continua a morar na mesma casa que ele, alegando que estão dando um tempo para pensar, pois realmente tinham problemas de relacionamento e que a união poderia ser reatada . Passado algum tempo, Júlia percebe que Lucas está levando uma vida de solteiro, saindo com outras mulheres e que o relacionamento acabou, passando a perder peso, não se alimenta mais e finalmente desenvolve um quadro de depressão.