Mecanismo de defesa
b) Em geral considera-se racionalismo a introdução dos métodos matemáticos na filosofia, mas aqui matemática é tomada no sentido vulgar. A base do racionalismo que vem de Descartes através de Spinoza e Hegel funda-se na verdade de irrecusáveis princípios a priori, que nos dão os meios claros e evidentes da verdade, já que os sentidos nos oferecem os fatos confusamente. Por essa concepção a experiência só é possível a um espírito possuidor de razão. O racionalismo põe toda a sua fé na razão e se opõe ao irracionalismo e às certezas de ordem afetivas. Chamam os teólogos de racionalistas aqueles que se apegam apenas à razão e só aceitam os dogmas que podem ser justificados racionalmente.
c) Para alguns é sinônimo até de irreligiosidade. Pode ser teológico ou filosófico. Teológico é o sistema que afirma não admitir a revelação nem mistérios, mas apenas as verdades adquiridas pela razão natural e que esta pode provar. Filosófico é o sistema dos que ensinam que todas as coisas devem ser demonstradas por dedução, partindo-se de algumas verdades prévias, nada devendo-se admitir sem demonstração. [MFSDIC]
Teoria didática
A palavra “didática” se origina do termo grego didaskw (que significa ‘expor claramente’, ‘demonstrar’, ‘ensinar’, ‘instruir’). Em primeira instância, este sentido mais originário corresponde aproximadamente a tudo aquilo que é “próprio para o ensino”.
A didática foi concebida como base de uma reforma educacional importante pela primeira vez no século 17, com João Amós Comenius, em sua obra Didática Magna. Nesta época ele havia observado que a educação se dava de maneira muito espontânea, permeada de puro praticismo, não havia sistematização, organização ou planejamento. Com o objetivo de organizar e sistematizar a educação, Comenius escreveu a Didática Magna, que pretendia