Mecanica
17. Normas utilizadas na classificação dos aços.
Para que você possa especificar corretamente um aço, é preciso conhecer algumas regras. Por exemplo, a encomenda dos aços no comércio, a indicação nos desenhos das peças, nos projetos das máquinas, e as referências na usinagem, são feitos por meio de prefixos, que devem aparecer no lugar de nomes escritos por extenso. A adoção destes prefixos veio para simplificar o entendimento e a interpretação, economizando espaço nos desenhos e criando padronização. Estes prefixos obedecem a um sistema de classificação, que varia de país para país. Assim, todas as vezes que você encontrar um prefixo desconhecido, basta consultar uma tabela técnica. Veja algumas normas que regem a classificação dos aços:
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): norma nacional.
AISI (American Iron Steel Institute): norma americana.
SAE (Society of Automotive Engineers): norma americana.
DIN (Deutsche Industrie Normen ou Das Ist Norm): norma alemã.
17.1. Classificação segundo a norma ABNT.
No Brasil, a classificação dos aços é padronizado pela norma ABNT (NBR-
6006), que por sua vez é uma reunião das normas AISI e SAE. Em função da composição química, os aços são classificados por meio de um número (de quatro ou cinco dígitos), no qual cada dígito tem uma função específica. Veja a tabela a seguir:
Os dois primeiros dígitos indicam o grupo ao qual o aço pertence. Isto está relacionado com a presença de elementos de liga como o manganês, o fósforo e o enxofre. Isto quer dizer que: Aços 10XX contem ate 1% de manganês. Aços 11XX contem enxofre (são aços de fácil usinagem). Aços 12XX contem enxofre e fósforo (também são aços de fácil usinagem). Aços 13XX contem 1,75% de manganês. Aços 14XX contem nióbio. Aços 15XX contem entre 1 e 1,65% de manganês.
Os dois últimos dígitos (XX) indicam a porcentagem de carbono presente no aço. Isto quer dizer que o número 1020, por exemplo, é