Mecanica Analitica
Instituto de Física, Universidade de São Paulo O professor Nivaldo Agostinho Lemos, conhecido físico teórico brasileiro, tem se dedicado, há anos, também ao aprimoramento do ensino científico de nível superior, sendo já ampla a lista de trabalhos que publicou, por exemplo, no renomado ( e exigente!) American Journal of Physics. Há algum tempo li um artigo seu, nessa revista, em que uma elegante demonstração da identidade de Jacobi para os parênteses de Poisson era apresentada. Conjecturei: deve vir aí um livro de mecânica do Nivaldo. De fato, ei-lo, publicado pela Editora Livraria da Física, que, aliás, vem sendo pródiga produtora de excelentes textos científicos (Mecânica Analítica, pp 388, 2004).
O nome Mecânica Analítica remonta a Lagrange, e vinha sendo abandonado pelos autores modernos em favor de Mecânica Clássica, ou simplesmente Mecânica, ou, ainda, no caso do singular e excelente livro de Giovanni Gallavotti, Meccanica Elementare (ao menos no original italiano). Aliás, folheando-se a Meccanica Elementare de Gallavotti, a primeira pergunta que surge, espontânea, é: o que será uma Meccanica Avanzata?
Aplaudo a escolha do autor. No mínimo, ele pode apresentar, sem maiores explicações, a importante observação de Einstein As equações da mecânica analítica têm um significado que excede em muito o da mecânica newtoniana, que está, em epígrafe, no seu Capítulo 7. (Essa é, normalmente, a primeira parte da resenha. É composta pela apresentação geral do autor do livro resenhado e da obra a ser resenhada.)
O ensino da mecânica analítica foi marcado, nos anos 50, pelo aparecimento do excelente Classical mechanics, de Goldstein, e por uma tomada de posição que está bem claramente expressa no prefácio dessa obra:classical mechanics affords the student an opportunity to master many of the mathematical techniques necessary for quantum mechanics while still working in terms