Me todo Marshall
Os fundamentos do método Marshall foram desenvolvidos pelo engenheiro Bruce Marshall, na década de 1940 nos Estados Unidos e posteriormente refinado pelo United States Army Corps of Engineers – USACE, e normatizado pela American Society for Testing and Materials – ASTM (ASTM D 1559). O Brasil adotou o método sob especificação nacional (DNER ME 043/1995). O procedimento se baseia na confecção de corpos de prova cilíndricos, que recebem golpes pelo impacto de um soquete, com características específicas. O esforço de compactação pode ser gerado por equipamento de funcionamento manual ou automático, variação que tem implicado em diferenças de resultados entre os processos. A norma brasileira especifica o esforço de compactação de 50 golpes por face para pressão de pneu até 7kgf/cm² e de 75 golpes por face para pressão entre 7 kgf/cm² e 14kgf/cm². A determinação do teor de projeto tem sido recorrentemente obtido pela definição do volume de vazios, em geral de 4%, contudo não existe um procedimento além da análise dos parâmetros volumétricos, o que inclui os Vazios do Agregado Mineral – VAM, densidade aparente e Relação Betume Vazios – RBV. O método apresenta ainda limitação em relação ao diâmetro nominal máximo, não sendo recomendado o uso de agregados com dimensão superior a 19mm na composição granulométrica, pois a presença de agregados maiores aumenta a ocorrência de “engaiolamentos” nas reduzidas espessuras do corpo de prova.
Método SuperPave
As diferenças pontuadas entre a execução em campo e o procedimento de dosagem da metodologia Marshall, somadas a elevada ocorrência de deformações permanentes prematuras em vias de tráfego elevado durante a década de 1980 no Estados Unidos, foram as motivações para o investimento no programa Strategic Highway Research Program (SHRP) promovido pelo governo por meio da Federal Highway Administration (FHWA), para o desenvolvimento de uma metodologia mais eficiente da dosagem de misturas asfálticas. O programa