Mc donald
Os filósofos racionalistas opõem a razão à imaginação. Enquanto empregar a imaginação é representar os objetos segundo as qualidades secundárias - aquelas que são dadas aos sentidos -, empregar a razão é representar os objetos segundo as qualidades primárias - aquelas que são dadas à razão.
A etimologia do termo vem do latim rationem, que significa cálculo, conta, medida, regra, derivado de ratio, particípio passado de reor, ou seja, determino, estabeleço, e portanto julgo, estimo.[1] É a faculdade do homem de julgar[2], a faculdade de raciocinar, compreender, ponderar[3].
Empregada em filosofia, a palavra razão comporta vários significados:
A razão como característica da condição humana, quando se define o homem, por exemplo, como animal racional, ou se diz que alguém está no uso da razão ou a perdeu;
Princípio ou fundamento, a razão pela qual as coisas são como são ou ocorrem os fatos desta ou daquela maneira.
A razão não é uma instância transcendente, dada de uma vez por todas, mas um processo que se desdobra ou realiza ao longo do tempo. Dir-se-ia que, assim como o homem é a história do homem, a razão é a história da razão.
Zenão de Eléia, identificando a razão com o ser e admitindo que o princípio de identidade, formalmente entendido, é o princípio fundamental da razão, argumenta para provar que o movimento e a pluralidade, envolvendo contradição, são irracionais e, portanto, irreais, meras ilusões dos sentidos.
A razão, entendida como diálogo, não tem um conteúdo eventual, mas permanente, o conhecimento de si mesma e das essências das coisas, do universal. A razão socrática é o método que permite, pelo diálogo, proposição da tese, crítica da tese ou antítese, chegar à síntese, a essência descoberta em comum, ao termo da controvérsia.
É na filosofia de Hegel que se encontra a primeira tentativa de introduzir a razão na história.
A razão rege o mundo, a história universal transcorre racionalmente, mas a razão que se