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Nunca gerenciou um grupo com mais de 27 homens e fracassou em quase todos os objetivos que se propôs. Contudo, entrou para história por ter conseguido manter sua tripulação viva, depois de quase dois anos de isolamento total na Antártida. Os métodos por ele implementados são considerados, por renomados líderes políticos, cientistas e empresários, grandes exemplos de gerenciamento de crise.
Ernest Henry Shackleton nasceu em 15 de fevereiro de 1874, na Irlanda, e cresceu na Grã-Bretanha. Aos 16 anos, entrou para a marinha mercante, em vez de seguir os passos do pai na medicina. Teve educação formal breve, mas isso não o impediu de tornar-se um grande leitor, encontrando nos livros a sabedoria necessária para enfrentar os conflitos da vida em alto-mar.
Em 1901, participou, pela primeira vez, de uma expedição à Antártida, comandada pelo oficial britânico Robert Falcon Scott, que chegou ao ponto mais austral conhecido até então. Sete anos mais tarde, voltou à região, dessa vez no comando da expedição.
Shackleton e sua tripulação descobriram o polo sul magnético e grande parte dos segredos do continente gelado, mas tiveram de voltar devido ao esgotamento físico e à falta de alimento quando estavam a 170 quilômetros do polo. Em seu regresso, o explorador foi nomeado cavaleiro pelo rei Eduardo VII da Inglaterra.
A chegada do norueguês Roald Amundsen ao polo sul, em 1911, aumentou ainda mais a ambição de Shackleton, que estabeleceu a meta de cruzar o continente a pé, atravessando o polo, o que podia significar uma caminhada de 3.300 quilômetros. Ao entrevistar os milhares de candidatos inscritos para a expedição, ele não só avaliou a experiência, mas também perguntou a respeito dos gostos e do temperamento de cada um, para garantir a compatibilidade do grupo.
Em agosto de 1914, justamente quando tinha início a Primeira Guerra Mundial, partiu da Inglaterra com 27 homens, a bordo do Endurance. No começo