Maça de Alcobaça
Enquadramento histórico A história agrícola da Região de Alcobaça começa, com significado, em 1154 com a instalação dos primeiros monges vindos da Abadia de Claraval. Existem referências de que os monges já encontraram campos cultivados por populações autóctones, mas com pouco significado. As terras da Região de Alcobaça foram doadas por D. Afonso Henriques a S. Bernardo, da Ordem de Claraval, para a fundação de um Mosteiro da mesma Ordem. Os monges procedem à colonização das terras atribuindo forais ou cartas de povoação, que constituem esboço de uma legislação agrária. Os chamados monges agrónomos dedicam-se ao desenvolvimento da agricultura, principalmente através das chamadas granjas, que se tornam importantes focos de desenvolvimento agrícola. A área ocupada pelos Coutos de Alcobaça é sensivelmente igual à que hoje nós indicamos como delimitação para a produção da Maçã de Alcobaça, naquele tempo assim delimitada unicamente por motivos políticos.
O cultivo de fruteiras, em especial de macieiras, começa logo a ter importante significado. Numa época em que a doçaria estava pouco desenvolvida, a maçã servia de sobremesa depois de faustosas refeições. Segundo M. Vieira Natividade, “A cultura da árvores fruteiras mereceu sempre dos monges os mais constantes cuidados.”.
As qualidades organolépticas das maçãs da Região de Alcobaça começam cedo a distinguir-se “Reunia ela características que a tornavam distinta: a gradação da doçura à acidez na longa série de variedades; o