MAYOMBE: SINGULARIDADE E DIVERSIDADES NA GUERRILHA
RESUMO: Em Mayombe, um romance histórico, Pepetela conta a história de um grupo guerrilheiro acampado no meio da mata. O livro nos dar um importante documento social, que nos trás a visão próxima da organização do combate. Mostra-nos as diferentes linhas doutrinarias de seus combatentes, Deixando-nos clara a subjetividade de cada personagem em relação ao encaminhamento da luta. Embora munidos de um ideal comum a ser atingido. É gente sem recursos de toda a espécie. Falta comida, armas, e certo ponto divergem de estratégia. A maior parte dos soldados não se entendem, pois pertencem a comunidades diferentes que falam línguas diversas. Ver-se a importância da educação no interior da guerra, Ensina-se o português como língua de combate, estratégia usada para não privilegiar nenhuma língua vernácula. Até hoje, em Angola, há 36 idiomas, além do português.
Há problemas de hierarquia. Algumas etnias se consideram superiores às outras, e não aceitam receber ordens de comandantes considerados inferiores do ponto de vista cultural ou genético. A aventura dessa gente, o medo, as superstições, a corrupção, o ambiente político, geográfico e psicológico, compõem uma história emocionante. Pepetela sabe do que fala. Lutou na guerrilha, como suas personagens. Dá ao leitor o privilégio de conhecer um universo muito particular, pouco divulgado. O da África negra, pobre, abandonada. E de conhecer as raízes de problemas que persistem até os dias atuais.
Palavras-chave: Literatura, Angola, MPLA, Pepetela.
REFERÊNCIAS TEORICAS-METODOLOGICAS
A partir da leitura de textos críticos sobre a obra do autor, em que me detenho na importância da visão histórica social. Os relatos presenciados pelo autor que aborda de maneira fictícia nas personagens que vivem a luta, resistência e, sobretudo temas sociais e culturais que estão subjacentes a cada um e que são trazidos em destaque para reflexões. Referências:
Serrano,