Maxixe
Maxixe é um tipo de musica feito a partir da dança. Também conhecido em sua época como “dança proibida”. Derivou-se principalmente da Habanera, e da Polca. De forma simplificada a polca européia lhe forneceu o movimento e a habanera cubana lhe deu o ritmo. A música popular afro-brasileira como o lundu e o batuque também concorreram para complementar o estilo.
Primeiramente era o estilo dançado com ritmos de polca da época, e só mais tarde surgiu o ritmo próprio do maxixe. É uma dança de par, de ritmo forte e andamento rápido e exige de seus participantes extrema agilidade na execução dos passos.
Seu aparecimento coincide com a popularização da schottisch (nosso xotis, aportuguesado). Talvez tenha nascido exatamente da descida da polca, dos pianos dos salões para a música dos choros, à base de flauta e violão. Provavelmente era uma estilização musical realizada pelos conjuntos de choro. Os bailes das sociedades carnavalescas e o teatro de revista foram os seus veículos de divulgação.
Era principalmente utilizado nas gafieiras do Rio de Janeiro, por uma classe social mais baixa. Eram usadas pelas classes populares, no entanto era apreciada pela população em geral, mas de forma mascarada pela simples razão da moral da época. Era perseguida pela igreja, polícia educadores e outros, por ser considerada uma dança escandalosa. Para ser tocada em lugares considerados “de bem”, (nas casas de família, por exemplo) era chamado de tango brasileiro.
Foi um escândalo para todo o país quando Nair de Tefé, primeira dama do país em 1914, esposa do então presidente Hermes da Fonseca, escolheu um maxixe, o “gaucho” ou “corta-jaca”, de Chiquinha Gonzaga, para ser executado ao violão, nos jardins do Palácio do Catete. A partir deste incidente, passou a ser também usada nos meios sociais mais altos, e por pessoas das classes media e alta.
Era estruturado com exagerações dos baixos, inclusive pelos instrumentos de tessitura grave das bandas, conforme o acompanhamento