Maximus
As turbomáquinas são provavelmente os componentes mais críticos em termos construtivos e para a disponibilidade operacional de qualquer Planta de Processo e apesar disso são bem conhecidas de apenas uns poucos “experts”. Este trabalho pretende mostrar de maneira didática e simples, os seus principais tipos (compressores e turbinas de expansão, já que trataremos daqueles utilizados em Plantas de Separação de Gases do Ar), cobrindo desde seus princípios de funcionamento termodinâmico, formas construtivas, usos e vantagens de um modelo sobre outro até aspectos e cuidados a serem tomados quando de sua compra e manutenção.
XVIII ENCONTRO DE PRODUTORES E CONSUMIDORES DE GASES INDUSTRIAIS - Armando Juliani é engenheiro mecânico graduado pela ESCOLA
POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, em 1986 tendo realizado diversos cursos de especialização na área de turbomáquinas no Vibration Institute (Chicago-IL-USA) e Bently Nevada (Houston-TXUSA) e participado de diversos “Turbomachinery Simposyum” realizados pela Texas A&M University – Houston-TX-USA; está na CEGELEC desde então, onde ocupa a Gerência Operacional das Regiões S-SE.
1-CLASSIFICAÇÃO DAS TURBOMÁQUINAS
As turbomáquinas ou máquinas de fluxo podem ser de vários tipos e servir para várias aplicações industriais. A maneira mais simples de tentar classificá-las pode ser vista de um modo bastante didático no esquema abaixo:
Neste trabalho, como já dissemos, daremos ênfase àquelas de maior uso em plantas de gases industriais, a saber turbinas de expansão ou “expanders” e compressores.
2-PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
As máquinas de fluxo do tipo “dinâmico” (em oposição às “volumétricas”) são aquelas em que o intercâmbio de energia entre o fluido e o eixo ocorre por transferência de quantidade de movimento e essa energia é transformada (do tipo “cinético” para “de pressão” e vice-versa) por meio da mudança das seções de escoamento do fluido. Já as “volumétricas” ou “de deslocamento