Max Weber
Max Weber se encontra em uma época dividida entre o pensamento positivista e os críticos desse pensamento, categoria onde ele mesmo se enquadra. Reconhecidos por ele, Weber recebe influência direta de Marx e Nietzsche.
Esse pensador se identifica com Marx na abordagem do capitalismo ocidental, tendo-o estudado através de uma análise histórica, econômica, ideológica e sociológica. E, com Nietzsche, na questão da vontade de poder, “expressa na luta entre valores antagônicos.”1 Mas, não se deve deixar de afirmar que Max analisa essas e outras ideias de forma original.
“Os conceitos com os quais interpretou a complexa luta que tem lugar em todas as arenas da vida coletiva e o desenvolvimento histórico do Ocidente como a marcha da racionalidade representam um avanço em termos de precisão metodológica.”2
Weber defende a ideia de que uma Ciência Social não pode reduzir a realidade empírica às leis. Sobre a objetividade das ciências sociais, ele afirma que os valores pessoais devem ser “conscientemente incorporados à pesquisa e controlados através de procedimentos rigorosos de análise”, chamados de “esquemas de explicação condicional”. Os valores do cientista servirão de guia para a escolha de seu objeto de estudo.
“O ponto essencial a ser salientado é que o próprio cientista é quem atribui aos aspectos do real e da história que examina uma ordem através da qual procura estabelecer uma relação causal entre certos fenômenos. Assim produz o que se chama tipo ideal.”3
Cabe ao cientista a obrigação de dizer a verdade, a partir de uma ética absoluta que se impõe.
Do ponto de vista de Max, o cientista social realiza quatro passos:
“1) estabelece leis e fatores hipotéticos que servirão como meios para seu estudo; 2) analisa e expõe ordenadamente “o agrupamento individual desses fatores historicamente dados e sua combinação concreta e significativa”, procurando tornar inteligível a causa e natureza dessa significação; 3) remonta ao passado