Max Weber
O período em que Weber viveu foi marcado fortemente por um processo que ele mesmo denominou de racionalização, que considerou como sendo uma das características da sociedade ocidental. O principal fator que colocou este complexo processo em movimento, segundo a análise de Weber, foi a religião protestante, mais especificamente na forma do calvinismo. Esta prática religiosa em interação com as condições sociais e materiais da época, deu início ao desenvolvimento do capitalismo. Este, em sua prática, criou uma nova forma da sociedade ocidental posicionar-se no mundo, na qual o processo histórico de racionalização terá um papel importante e influenciará todo desenvolvimento material e espiritual posterior. Escreve Aron:
“Tal como Weber a entende, a ciência é um aspecto do processo de racionalização característico das sociedades ocidentais modernas. Weber chegou mesmo a sugerir, e a afirmar, que a ciência histórica e sociológica da nossa época representa um fenômeno historicamente singular, na medida em que não houve, em outras culturas, o equivalente a esta compreensão racionalizada do funcionamento e do desenvolvimento das sociedades” (Aron: 2008 p. 730-731).
É neste ambiente que Weber se dedica ao estudo da sociologia. Na necessidade de estruturar seu método de análise social, Weber – como todo pioneiro na ciência – se vê obrigado a desenvolver sua própria metodologia, seus instrumentos; suas teorias. Inicialmente, o objetivo de Weber é “compreender o sentido que cada ator dá à própria conduta. A compreensão dos sentidos subjetivos implica uma classificação dos tipos de conduta e leva à percepção da sua estrutura inteligível” (Ibidem, p. 728). Por outro lado, Weber era perfeitamente cônscio de que a teoria científica era uma escolha subjetiva, que deveria ser testada a partir da verificação na realidade. Os fatos históricos e sociológicos se referem a acontecimentos observáveis, patentes na conduta dos homens e dos significados