Max Weber
O autor afirma que entre os puritanos surgiu um "espírito capitalista" que associou o lucro e do ganho a um dever. Ele argumenta que esse espírito resultou do sentido cristão de vocação dado pelos protestantes ao trabalho e do conceito de predestinação, tido como central na teologia calvinista. Tal comportamento foi responsável por um individualismo e um novo tipo de ascetismo, caracterizado por uma vida disciplinada, apego ao trabalho e valorização do acúmulo de riqueza. Também se mostrou como fundamental característica protestante o racionalismo econômico, fundado neste individualismo (e não na preocupação católica com a partilha).
Weber afirma também que não há apenas um tipo de capitalismo, mas muitos. Em consequência disso, define um “tipo ideal” de capitalismo, que na sua concepção tem características como:
“Segundo Max Weber, o capitalismo é definido pela existência de empresas cujo objetivo é produzir o maior lucro possível, e cujo meio é a organização racional do trabalho e da produção. É a união do desejo de lucro e da disciplina racional que constitui historicamente o traço singular do capitalismo ocidental. Em todas as sociedades conhecidas houve sempre indivíduos ávidos de dinheiro, mas o que é raro, e provavelmente único, é o fato de este desejo tender a satisfazer-se não pela conquista, especulação ou aventura, mas pela disciplina e pela ciência” (Aron: 2008, p. 773-774)
A secularização do espírito