Max Weber: Vida, Obras e Ideologia

Diferentemente da realidade vivida na França e Inglaterra com as grandes revoluções dos séculos XVII e XVIII, a Alemanha organizou seu pensamento burguês somente no século XIX e ainda assim, influenciado por correntes filosóficas de outros países; e é nesse contexto que Karl Emil Maximilian Weber nasce em 1864, ainda na antiga Prússia. Filho de um grande jurista e ativista do Partido Nacional Liberal, Weber foi exposto à política e aos estudos desde a tenra idade e como consequência do grande incentivo paterno, especializou-se nas faculdades de Direito, Economia, Política e Teologia. Fortemente influenciado pelo contexto de sua era, em que a expansão de uma Alemanha nacionalista se dá sob a conjuntura de um capitalismo fortemente concorrencial e apoiado no Imperialismo, Weber usa do idealismo para construir o pensamento sociológico no país, pregando que as peculiaridades de cada sociedade são essenciais para o desfecho da contemporaneidade. Nota-se em suas principais obras, que a sociologia de Weber anda de mãos dadas com o estudo histórico, por isso, acreditava que uma sucessão de fatos, por si própria, não era capaz de explicar uma evolução, para isso, era preciso uma análise a partir do método compreensivo, estudando-se cada fato isoladamente e qual fora sua repercussão nas características da sociedade contemporânea. É possível que observemos tal metodologia em: A ética protestante e o espirito do capitalismo (1904), As causas sociais do declínio da cultura antiga (1907) e A ciência como vocação (1917). A máxima da sociologia weberiana se dá na caracterização da Ação Social. Weber acreditava que a essência de uma sociedade não estava nas entidades coletivas, grupos ou instituições, mas sim o que cada homem, como agente da ação social, tinha como conduta, sendo esta dotada de sentido, ou seja, uma ação com justificativa subjetivamente elaborada. O homem então passa a ter significado como indivíduo, pois todas as