Maurice Dobb
O economista ingles Maurice H. Dobb(1900-1976), professor na Universidade de Cambridge,publicou em 1946 o livro Studies in the Development of Capitalism que viria a ser o foco de uma ampla polemica entre historiadores e economistas marxistas.No Brasil o livro é conhecido como A Evolulçao do Capitalismo.Sua interpretação o coloca, em certo sentido, no pólo oposto a Henri Pirenne.
A concepção de feudalismo e de capitalismo de Dobb parte da noçao de “modo de produção”, proposta por Karl Marx.O exemplo clássico de Marx é de que aoo moinho de vento corresponderiam as relações típicas do feudalismo e a fábrica mecanizada as do capitalismo.
A distinção entre feudalismo e capitalismo, como modos de produção, seria facilmente compreensível com base nas relaçoes sociais de produção correspondentes.
No capitalismo, o trabalhador é juridicamente livre
No feudalismo-que Dobb entende ser definido essencialmente pela servidão-o trabalhador não é livre.
A transiçãodo feudalismo ao capitalismo deve dar conta de dois movimentos:um pelo qual o trabalhador se torna juridicamente livre, rompendo sua situação de dependencia em relaçao ao senhor feudal; outro pelo qual o trabalhador perde a posse dos meios de produçao, os quais se concentram nas maos de uma classe de capitalistas. Nessa perspectiva, o foco da transiçao se situa nas mudanças ocorridas nas relaçoes sociais de produçao:esse é o aspecto central na visao de Dobb, embora esteja longe de ser a única questao tratada.
Para Dobb, o declinio do feudalismo não corresponde a emergencia do capitalismo, havendo um periodo intermediario e deve ser entendido a partir, não de um fator exógeno a ele, e sim de suas relaçoes internas.
Dois argumentos sustentam a tese de Dobb:
1)O feudalismo – ou a servidao – é um sistema de produção ineficiente.
2)A classe feudal teria um crescente necessidade de renda.
Em certas circunstancias, os senhores poderiam ser acpazes de