Maurice Dobb - Resumo cap 4 e 5
Ao analisar o capital mercantil, Marx dispõe de duas ideias divergentes: primeiramente, os mercadores que antes não estavam vinculados ao processo de produção e apenas se beneficiavam das diferenças de preço entre as zonas produtoras passaram a adquirir formas de também lucrar com a interferência direta na produção ou os detentores dos meios de produção passaram a expandir seus negócios também para o ramo comercial. Citando a época de Carlos I da Inglaterra, percebemos que esses processos descritos não aconteceram independentemente. Possivelmente os mesmos ocorreram simultaneamente, como é de se esperar em um processo de transição como a revolução burguesa. Em alguns tipos de produção, o poder mercantil acaba subordinando os artesãos e criando monopólios comerciais, Ex: produção têxtil. Outras produções já não mais se mantém na forma de guildas artesanais, os processos de modernizam e ocorrem transformações para aumentar a capacidade produtiva consideravelmente, Ex: metais e agricultura. Na agricultura, políticas como o cercamento lançam novas bases à forma da produzir. Há melhoramento das terras e êxodo rural em grande escala. O arrendamento de terras possibilita o surgimento de um nova classe formada por aqueles que prosperaram ao conseguir adquirir gradualmente pequenas fatias de terra e nelas explorar o trabalho assalariado. O comércio exterior é um monopolizado para a classe mercantil tradicional, afim de manter excesso de demanda no mercado externo e excesso de oferta no mercado externo, isso impossibilita a entrada de novos mercados nesse ramo. Durante o final do séc. XV, a organização das guildas e o controle da cidade tinham se fundido num só. Tais fatos geram uma rivalidade entre províncias e metrópole, uma clara oposição entre os eixos de maior e menor capital, o que acarreta conflitos econômicos em toda a Inglaterra. Durante o séc. XVII, percebe-se o começo de uma alteração no centro de