Mau radical e terapia em Schopenhauer
Centro de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Psicologia
Epistemologia das Ciências Humanas
Prof. Jair Barboza
Aluna: Vanessa da Silva Domingos
Terapia e mau radical em Schopenhauer
O pensamento de Schopenhauer parte de uma interpretação de alguns temas da filosofia kantiana. Schopenhauer acredita que o mundo é representação, e a base dela é o princípio de razão. Este é o processo pelo qual todas as informações que recebemos passam. É ele que situa os acontecimentos no tempo no espaço e na causalidade. Esse princípio de razão seria o nosso consciente.
O momento que Schopenhauer rompe com as ideias de Kant é quando postula um princípio irracional do mundo um inconsciente desejante, impulsivo e irracional, denominado vontade, que seria o próprio mau radical.
Para Schopenhauer o mundo passa a ser representação e vontade mostrando ainda o corpo como concretude do querer.
É através do corpo que a vontade se manifesta, mas não de forma consciente, pelo contrário, é uma discórdia do exterior com o interior o tempo todo enquanto o homem quer justamente a sua preservação. Quanto mais essa vontade se afirma mais ela mostra seu egoísmo, que é a encarnação do mau radical. O desejo de ter tudo, de dominar e controlar as coisas é uma representação do egoísmo como parte dessa vontade. Por não conseguir controlar esse mau radical a humanidade mostra seu sofrimento através do egoísmo, da crueldade.
Para uma ideia de mundo tão pessimista Schopenhauer mostra uma saída em sua filosofia que é a negação da vontade, ou seja, do mau radical. Ele ainda a separa em três graus de radicalidade: contemplação estética do belo, compaixão para com os seres, homens e animais, e por ultimo a ascese mística.
O primeiro estágio é pela via da arte. Seja por manifestações artísticas como arquitetura, pintura, seja pela via da música, mas é um período muito curto de negação da vontade. A compaixão (segundo estágio) é mais duradoura,