MATÉRIA SECA E ACÚMULO DE NITROGÊNIO EM LEGUMINOSAS DE VERÃO
As plantas de cobertura apresentam uma importante função em sistemas agrícolas, visam à proteção do solo contra a erosão, facilitam a ciclagem de nutrientes, adicionam N ao solo. As leguminosas são muito utilizadas em função da fixação do N atmosférico pelas bactérias, principalmente do gênero Rhizobium, que vivem em simbiose com suas raízes. Por apresentarem sistema radicular pivotante são capazes de extrair nutrientes das camadas mais profundas do solo, os quais serão disponibilizados após a sua decomposição. O trabalho teve por objetivo avaliar a matéria seca (MS) e o acúmulo de nitrogênio (N) em diferentes leguminosas de verão. O estudo foi realizado na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, câmpus Dois Vizinhos. O solo local é do tipo Nitossolo Vermelho Distroférrico. O experimento teve um delineamento de blocos ao acaso, com três repetições, constituídas por sete plantas de cobertura, sendo elas: Crotalária juncea (Crotalaria juncea); Crotalária spectabilis (Crotalaria spectabilis); Feijão de porco (Canavalia ensiformes); Guandu anão (Cajanus cajan); Lab-lab (Dolichos lablab); Mucuna preta (Stiolozobium aterrimum) e Mucuna anã (Mucuna deeringiana). A semeadura das espécies foi realizada em setembro de 2012. As avaliações de MS foram realizadas aos 112 dias após a semeadura. As análises dos teores de N foram efetuadas conforme a metodologia da Embrapa (2009). Os dados foram submetidos à ANOVA e comparados pelo teste de Tukey (p≤0,05), pelo programa estatístico ASSISTAT. O feijão de porco apresentou maior produção de MS (13.353 kg ha-1), e, maior quantidade de N total acumulado na fitomassa produzida, atingindo 370 kg ha-1, diferindo-se em ambos os casos das demais espécies. Valores intermediários foram encontrados com uso da mucuna preta (9.273 kg ha-1) para produção de MS, e para esta mesma leguminosa, juntamente com a mucuna anã quanto ao acúmulo de N total na