Quando os portugueses desembarcaram no litoral brasileiro, esse litoral já era ocupado por tribos indígenas, principalmente de tronco tupi. Daí o nome de “matriz tupi” Esses povos que habitavam o litoral tinham uma ligação muito forte com a natureza, conheciam os animais que aqui habitavam, as plantas, sabiam diferenciar o que servia como alimento e medicamento. Havia uma organização de trabalho evidente, em que os homens caçavam e as mulheres cuidavam do plantio, os índios não acumulavam riquezas, só usufruíam daquilo que era necessário para sua subsistência. Vale salientar então, que quando os portugueses chegaram ao Brasil, as tribos indígenas já possuíam suas heranças culturais deixadas pelos tupis. A primeira relação entre os índios e os portugueses foi amistosa, os índios admirados acreditando que os portugueses eram deuses, a prática de escambo era comum entre eles. A “matriz lusa” corresponde aos “lusitanos” ou portugueses, que ao desembarcarem em terras brasileiras depararam-se com um povo que possuía uma cultura distinta, portanto era necessária a implantação da cultura europeia, os índios precisavam ser catequizados e civilizados, nada da cultura indígena tinha valor. Além da disseminação de doenças trazidas pelos portugueses, a cultura indígena era oprimida, gerando revoltas, o que resultou no extermínio de quase toda a etnia indígena. Os portugueses encantados com a beleza das índias, tiveram relações sexuais com elas, essa relações geraram filhos, porém, esses filhos não eram considerados índios, tampouco europeus, era considerado “ filho da terra”, o povo brasileiro surgia. “Foram aqueles povoadores a toa, que prepararam o campo para um único processo de colonização que teria sido possível no Brasil, o da formação, pela poligamia de uma sociedade hibrida, deve ter sido como um caos ou forro de carne amortecendo para os colonos portugueses, o choque violento de contato com criaturas inteiramente diversas do tipo europeu.” (Gilberto