Matriz tupo - o povo brasileiro
Antes mesmo dos portugueses pensarem na expansão marítima, os índios já ocupavam a antes chamada “Ilha Brasil”. Os “Brasis”, como os índios eram chamados antes, eram classificados de acordo com suas respectivas línguas e, juntos, totalizavam mais ou menos oito milhões de pessoas.
Os Tupis-Guaranis vieram do Norte do país, se estenderam até a depressão do Pantanal e encontraram o litoral, a partir daí se espalharam pelo resto do Brasil. Eram os índios mais acolhidos e diversificados em sua cultura.
Era um povo que sempre se relacionou bem com a natureza e da natureza sempre tirou seu sustento. Eles sempre gozavam a vida com a finalidade de viver a vida. Eram povos festeiros, festejavam a vida, o nascimento, o plantio, a colheita, respeitavam os espíritos da água, do sol, da chuva, dos animais, das plantas.
Dedicavam-se á festa e á guerra, que tinha como função conquistar novos espaços.
Viviam em aldeias, como comunidades independentes. Cada índio era autossuficiente, aprendiam tudo o que precisavam saber para viver, como construir sua casa, suas ferramentas, sua roça, seu plantio, sua rede, suas vestimentas, sua comida, seu medicamento.
Eles deixaram suas marcas nos nomes dos rios e plantas e quando os portugueses aqui chegaram já encontraram um país com referências deixadas pelos Tupis.
Cultuavam a vida após a morte e divisavam um paraíso, o Ajupiá, um jardim de sapucaia todo feito de dança e festa, um recanto de encontro dos espíritos.
A aldeia Tupinambá era composta de quatro á oito malocas e em apenas uma maloca podiam viver até seiscentas pessoas. Nas malocas não existiam furto, tudo era aberto e pertencia a todos.
A diferença de tarefas entre homens e mulheres era definida desde o nascimento. A mulher cuidada da roça, da comida e do Cauim, o vinho que animava as festas Tupis. Os homens construíam canoas, arcos e flechas e cuidavam da caça.
O que faziam era sempre buscando a perfeição, pois o que faziam os