Matriz energ tica brasileira
Jardel de Sousa Batista Com um aumento de 2,5 pontos percentuais em relação a 2010, a participação de fontes renováveis de produção de eletricidade na matriz elétrica do Brasil chegou a 88,8% no ano passado. A média mundial é de 19,5% e, entre os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é de 18,3%.
O Balanço Energético Nacional 2012, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), mostrou um aumento de 6,3% na produção hidrelétrica, devido a condições hidrológicas favoráveis. Por outro lado, houve redução na produção de bioeletricidade a partir da biomassa da cana-de-açúcar.
A fonte eólica totalizou geração de cerca de 2,7 mil gigawatts-hora (GWh) em 2011, número 24,2% maior na comparação com 2010. “O elevado percentual de crescimento prenuncia o que deve ocorrer de forma ainda mais expressiva nos próximos quatro anos, quando novos parques – já em construção – entrarão em operação”, aponta o estudo.
Já na matriz energética, que inclui todos os recursos de energia disponíveis no País, a participação de fontes renováveis permaneceu praticamente estável, alcançando 44,1% das fontes utilizadas no País no ano passado. Mesmo assim, ainda é maior que a média mundial, de 13,3%, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE).
A oferta interna de energia, que é o total da energia demandada no País, cresceu no ano passado 1,3% em relação a 2010. O consumo final de energia (pelas pessoas e pelas empresas) cresceu 2,6%.
O grande desafio é diminuir nos próximos anos o uso de fontes poluidoras como, por exemplo, petróleo e carvão mineral. Desta forma, garantiríamos menos poluição do ar (sério problemas nas grandes cidades) e melhorias para o meio ambiente (diminuição do aquecimento global).