MATRIZ AFRO
Umbanda é uma religião heterodoxa brasileira, cuja evolução do polissincretismo religioso existente no Brasil foi resultado de motivações diversas, inclusive de ordem social, que originaram um culto à feição e moda do país. O vocábulo é oriundo da língua quimbundo, de Angola, e significa arte de curar, segundo a Gramática de Kimbundo, do Professor José L. Quintão, citada na obra O que é a Umbanda, de Armando Cavalcanti Bandeira, editora Eco, 1970.
Quimbanda é um culto tido como o lado esquerdo (negro) da Umbanda, constituído basicamente pelos quiumbas, ou seja, espíritos trevosos que tem todo conhecimento das maldades do mundo astral, inclusive da magia negra, e que podem ajudar a fazer tanto o bem quanto o mal. Suas entidades vibram nas matas, cemitérios e encruzilhadas, também conhecidos como "Povo da Rua" e abrangem os mensageiros ou guardiões exus e pombagiras.
Candomblé é uma religião derivada do animismo africano onde se cultuam os orixás, voduns ou nkisis, dependendo da nação. Sendo de origem totêmica e familiar, é uma das religiões de matriz africana mais praticadas, tendo dois milhões de seguidores em todo o mundo, principalmente no Brasil. Cada nação africana tem como base o culto a um único orixá. A junção dos cultos é um fenômeno brasileiro. A religião tem por base a anima (alma) da Natureza, sendo, portanto chamada de anímica.
Quais suas diferenças?
Candomblé, Quimbanda e Umbanda distinguem-se:
1. Pela natureza das entidades cultuadas e/ou invocadas/evocadas;
2. Pelos procedimentos do culto;
3. Pelos elementos culturais componentes do sincretismo;
4. E, finalmente, pelo uso que se faz das forças metafísicas acionadas.
Considerando estes aspectos, notar-se-á, imediatamente, que o Candomblé difere da Quimbanda e da Umbanda de forma mais enfática enquanto Quimbanda e Umbanda são muito mais próximas.
No Candomblé, os cultuados, os Orixás [ou Orijás] são considerados deuses; na Quimbanda e na