Mato grosso
Embora o Mato Grosso tenha uma história de ocupação complexa, pode-se dizer que este começa a despontar no cenário brasileiro a partir do avanço da frente pioneira paulista, em meados do século XX, que primeiro provocou a ocupação no norte do Paraná, e depois extravasou para o sul do antigo estado do Mato Grosso com a pecuária de corte e em seguida, nos anos 60, com a entrada de gaúchos e paranaenses que se dedicavam à cultura do trigo e da soja.
A procura por áreas para criação de gado e para o desenvolvimento da agricultura - especialmente soja e algodão - provocou desmatamento e queimadas, que resultaram em graves danos ambientais. De acordo com o Ibama, entre 1996 e 1999, foram derrubadas aproximadamente 900 mil hectares de floresta. E 40 % dos focos de incêndio registrados no país, em 1999, se localizavam no Mato Grosso.No início da década de 90, a economia do estado cresceu em ritmo acelerado, com o desenvolvimento da agroindústria e com a política de benefícios fiscais do governo, que atraiu muitos migrantes para a região. O desenvolvimento econômico multiplicou o número de municípios no estado, que incorporaram costumes de populações vindas de diversas partes do país.Em todo o estado, constata-se um agrupamento desigual da população: em algumas cidades, como Cuiabá, o adensamento é superior a 100 pessoas por km2, enquanto que em outros municípios não chega a 2 habitantes por km2.A capitania de Mato Grosso foi criada em 1748 e incorporada ao Brasil, dois anos depois, pelo Tratado de Madri. Antes disso, era uma área que pertencia à Espanha. Quando terminou o ciclo do ouro, a região viveu um período de empobrecimento e de esquecimento. A ampliação da rede telegráfica pelo Marechal Cândido Rondon e a construção de algumas estradas diminuíram o isolamento da província e estimularam a migração. Com a criação de Brasília e os investimentos federais destinados a todo o Centro-Oeste, a economia do estado volta a crescer e sua população