Henri Matisse foi um pintor francês que, nas palavras de Appollinaire, combinou as mais ternas qualidades de seu país natal: simplicidade e serenidade de suas clarezas. Podemos confirmar isto ao ler trechos de “Matisse: Escritos e reflexões sobre arte”, em que há textos deste artista falando sobre arte, pintura, uso da cor, entre outros. Uma das idéias mais recorrentes ao longo dos textos desse pintor é sobre a busca de meios para a expressão em suas obras. A ênfase seria na sua expressão pessoal, mas também é possível estender o conceito para um âmbito temporal. Matisse usaria o domínio técnico, aprendido na observação de obras de outros artistas e na prática, para pôr no quadro suas sensações. Diferentes dos impressionistas, este artista não queria registrar as impressões fugidias da luz, mas sim suas sensações ao olhar determinada cena. Na sua produção ao longo da vida, Matisse afirma ter mantido a mesma essência alterando apenas os meios de expressão, que foram ficando mais elaborados. Uma das características que ele queria em seus quadros era a tranquilidade. Tal qualidade este pintor tentava alcançar com o equilíbrio de formas e cores na composição. É bastante interessante quando Matisse explica sobre a importância de certos elementos no quadro. O pintor fala sobre as relações daquilo que faz parte da composição, por isso deve-se dar destaque àquilo que é importante e até retirar o que não tem utilidade. Um ponto importante de seus textos diz sobre o conhecimento teórico em detrimento da experimentação pessoal para determinar o que e como dispor cores e formas numa pintura. Existe uma diferenciação entre o conhecimento que se detém a partir de uma tradição em arte, talvez até teorizada, e aquilo que o artista aprende observando produções de outros artistas e praticando de maneira própria. Matisse opta claramente pela experimentação pessoal a partir da observação. A observação de gerações de artistas anteriores ao seu tempo seria uma boa