matisse
Existem duas versões desta obra. A primeira (de 1909), actualmente no MomA, em Nova Iorque, usa cores mais pálidas e menos detalhes. A segunda versão (1910), que se encontra no Museu Hermitage utiliza uma paleta cromática fauvista mais clássica.
A pintura foi encomendada pelo patrono de Matisse, Sergei Shchukin, em conjunto com outra obra, chamada Música.
As pinturas seriam colocadas no Palácio Trubetskoy, mansão de Sergei em Moscovo, e, a princípio, Sergei não gostou da ideia de ter pinturas com personagens nuas expostas ao público. Por isso pediu que as bailarinas tivessem vestidos, mas Matisse não concordou e enviou ao seu patrono esboços em aguarela das dançarinas nuas. Com o esboço em mãos, Sergei mudou rapidamente de ideias.
No entanto quando a obra, ainda inacabada, foi exposta no Salão de Outono de 1910 em Paris, o seu autor foi alvo de duras críticas, que fizeram com que o seu patrono cancelasse a encomenda. Embora o golpe tenha deixado o artista desanimado, após alguns dias de reflexão, Matisse decidiu concluí-la.
Acredita-se que a ideia da composição surgiu em 1905, enquanto o pintor observava alguns pescadores a realizar uma dança de roda, a sardana, numa praia do sul de França. As formas simplificadas das dançarinas ocupam toda a tela, num padrão rítmico de movimento expressivo. Além disso, Matisse limitou a sua paleta a apenas três cores: azul para o céu, laranja-rosado para os corpos e verde para as colinas.
A simplicidade do desenho, com os seus três elementos básicos - dançarinas, uma vastidão vazia de verde e outra de azul -, cria uma imagem na qual as relações abstractas entre forma e cor são fundamentais.
Destacam-se nesta obra entre outros elementos, as imagens distorcidas: cinco personagens dão as mãos com o