MATISSE E PICASSO O ANTAGONISMO NA ARTE DO SÉCULO XX
Matisse e Picasso : dois monstros sagrados, também foram pilares do mercado internacional de arte do século XX. A história desses dois gênios da pintura, ao mesmo tempo que se mistura, também se problematiza. Picasso foi o grande antagonista de Matisse. Ele coloca abertamente a questão de Ingres ao passo que Matisse se sente idealmente mais próximo de Delacroix, além de Cèzanne. Picasso é um grande moralista, que não deixa de exercer o juízo autoritário: sempre se coloca como quem tem o direito de decidir entre o Belo e o Feio, entre o Bem e o Mal. Apesar das diferenças os dois foram grandes amigos e tiveram uma relação baseada na competição e ao mesmo tempo na admiração mútua .Ambos conquistaram prestígio, mas viveram numa época em que ainda existia uma crise na representação. A pintura continuava a procurar uma nova direção. Os impressionistas haviam se levantado em oposição a arte clássica e segundo sua visão, a pintura deveria retratar o efeito que e luz causa nas cenas e nos objetos. Paralelamente, Paul Cèzanne, desenvolvia sua eterna busca de ir além do que acreditavam os impressionistas, procurando um caminho em que a sensação pudesse unir à inteligência e o pintor , usando da sensação e reflexão, pudesse criar mais que uma mera imitação da natureza, interpretando-a a todo momento, através do encontro da visão e do pensamento. É nesse contexto que em que a arte se encontra, que tanto Matisse quando Picasso, que são os nomes fortes da École de Paris, buscam seus caminhos. Para Matisse, a personalidade central do grupo fauvista, a solução é uma classicidade originária e mítica universal , mas por isto mesma privada dos conteúdos históricos do classicismo . Ele acredita que uma história da arte moderna, não pode mais e nem deve ser uma história das nações. A pesquisa de cores de Matisse é uma pesquisa plástica, sobre as